Obras Mestras - VI Papiros

Há 4500 anos, os egípcios descobriram o papiro, do latim, “papyrus” que lhes servia como suporte a escrita. Seu nome científico; Cyperus Papyrus, planta da família das ciperáceas. Foi o precursor do papel. Os gregos e os latinos só entre o século II e IV d.C. começaram a substitui-lo pelo pergaminho que, mais tarde, foram trocados pelo papel no século XIII.

A Planta sagrada

Soube-se muito da História do Egito, transmitida por grandes rolos de papiros junto aos túmulos de nobres e Faraos. O papiro, planta aquática originária do delta do Nilo. Seu talo de formato piramidal chega a medir 5 a 6 metros de comprimento. Era considerada sagrada pela forma de sua flor, com finas hastes verdes assemelhando-se aos raios Solares, desígnios a divindade máxima desta civilização. O miolo desde o seu talo era transformado em papiro,sua casca, bastante resistente quando seca,era utilizada na confecção de cestos, moveis e barcos.

O papiro foi usado pela primeira vez há 4500 anos a.C. e se transformou em uma das maiores fontes de exportação do Egito. Foi produzido em um processo de fabricação secretamente guardado.
Ao contrário do papel, que é feito de fibras de plantas esmagadas, o papiro é feito de pequenos e finas tiras, a medula do talo da planta que é esbranquiçada e porosa - era cortada em tiras longas e finas. Depois eram batidas com martelos de madeira para expelir seu liquido, que servia para cola-las; secas em um pano, são mergulhadas em água com uma substancia, (como que vinagrada) onde permanecem por seis dias para eliminar o açúcar, eram então levadas ao sol por mais seis dias; novamente secas, as lâminas são dispostas em fileiras horizontais e verticais entrecruzadas, umas sobre as outras. A seguir eram feitas camadas, em número adequado à espessura e comprimento que se pretendia dar à folha. Esse material é colocado entre dois pedaços de tecido de algodão sendo então prensado por seis dias. Com o peso, as finas lâminas compactavam-se, formado longas folhas de cor amarelada; estando doravante prontos para a escrita. Na Etiópia, ainda em nossa época, são fabricados barcos de papiro, no que se constitui em um atrativo turístico. A partir do século XI o papiro passa a ser substituído pelo pergaminho; mais tarde pelo papel.